Os ecossistemas aquáticos podem ser uma fonte importante de emissões de gases que levam ao efeito estufa, e a maioria dos dados que sustentam essas informações se baseia principalmente em estudos de rios e reservatórios de hidrelétricas. Poucos estudos quantificaram as emissões desses gases em atividades produtivas como a aquicultura. Por tanto este trabalho teve como objetivo identificar e quantificar os gases de efeito estufas sendo eles, o metano (CH4), o dióxido de carbono (CO2), o óxido nitroso (N2O), e nitrogênio (N2) em cultivos de tilápia-do-Nilo (Oreochromis niloticus), submetidos a diferentes níveis de trofia, no Setor de Aquicultura da Universidade Federal Rural do Semi-Árido – UFERSA. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado (DIC), com dois tratamentos e três réplicas simultâneas, totalizando 6 unidades experimentais. Foram utilizados alevinos de Tilápia-do-Nilo (Oreochromis niloticus), com peso médio de 20,47g, em sistema sem aeração. As unidades experimentais foram iguais, sendo realizadas em tanques de concreto de 15m3, com 30 animais cada. Foram alimentados com ração comercial extrusadas 36% de proteína na fase inicial e 32% de proteína nas fases de engorda, com três ofertas diárias. O Tratamento 1 (T1): um ambiente eutrofizado, Tratamento 2 (T2): um ambiente com água clara, ambos foram submetidos a coleta dos gases no início, no meio e no fim do cultivo em cada unidade experimental, afim de quantificar a emissão desses gases de efeito estufa, tanto difusivas quanto ebulitivas. Os resultados obtidos quanto aos gases do fluxo ebulitivo mostraram que a formação de bolhas de todos os gases avaliados para T1 foram menores que para T2, com uma média de ±0,06603mg/m2/dia e ±0,10941mg/m2/dia para CH4, ±4,61507mg/m2/dia e ±34,59770mg/m2/dia para CO2, ±0,00361mg/m2/dia e ±0,00798mg/m2/dia para N2O, ±132,09833mg/m2/dia e ±540,69984mg/m2/dia para N2. Para o fluxo difusivo de CH4, os índices encontrados demonstraram uma taxa de emissão média positiva para o T1, com uma média de ±24,191mg/m2/dia, já para T2 no período diurno apresentou uma emissão negativa com média de ±-1,669mg/m2/dia. Com relação ao CO2, o T1 apresentou uma taxa de emissão positiva com médias de ±705,828mg/m2/dia, assim como no T2, a taxa de emissão também se mostrou positiva com uma média de ±2424,887mg/m2/dia. Sobre o N2O, no T1 demostrou uma emissão positiva com média de ±6,741mg/m2/dia, e no T2 também apresentou uma taxa positiva com uma média de ±31,391mg/m2/dia. Por fim, no que diz respeito ao N2, no T1 ele se apresentou com uma taxa positiva de emissão média de ±2530,647mg/m2/dia, e no T2 as taxas de emissões apresentaram-se positivas com médias de ±3046,600mg/m2/dia. Para os gases ebulitivos, foi possível observar que o T1 teve uma liberação menor de gases que o T2, e com relação as análises dos gases difusivos, o CH4 foi o único que apresentou a maior quantidade no T1 do que no T2. Sendo assim, favorece o aprisionamento desses gases na coluna d’água e nos sedimentos pelo T1.
Comissão Organizadora
Thaiseany de Freitas Rêgo
RUI SALES JUNIOR
Comissão Científica
RICARDO HENRIQUE DE LIMA LEITE
LUCIANA ANGELICA DA SILVA NUNES
FRANCISCO MARLON CARNEIRO FEIJO
Osvaldo Nogueira de Sousa Neto
Patrício de Alencar Silva
Reginaldo Gomes Nobre
Tania Luna Laura
Tamms Maria da Conceição Morais Campos
Trícia Caroline da Silva Santana Ramalho
Kátia Peres Gramacho
Daniela Faria Florencio
Rafael Oliveira Batista
walter martins rodrigues
Aline Lidiane Batista de Amorim
Lidianne Leal Rocha
Thaiseany de Freitas Rêgo
Ana Maria Bezerra Lucas